O SACRIFÍCIO QUE AGRADA A DEUS - Lição 13

Texto Áureo: Sl. 54.6 – Leitura Bíblica: Fp. 4.14-23


INTRODUÇÃO
Na última aula destacamos que Paulo aprendeu a se contentar com o que tinha em todas as circunstâncias, tendo em vista que a fonte da sua alegria era Cristo, não as condições materiais, nem mesmo a oferta dos filipenses. Hoje nos voltaremos para a apreciação do Apóstolo em relação à contribuição daqueles irmãos. Mostraremos que ele recebeu o suprimento como um sacrifício agradável a Deus, colocando o foco não nele mesmo, mas em Deus, sendo Este o Único digno de honra e glória.

1. O RECEBIMENTO DA OFERTA POR PAULO
Paulo recebeu a oferta dos crentes filipenses com gratidão, não com um espírito de ganância, como muitos líderes evangélicos contemporâneos. Como ele mesmo expressou em Fp. 4.17, seu foco não estava nos presentes. Ele havia aprendido o segredo do contentamento, esse mistério que se encontra em Cristo, a fonte da verdadeira alegria. Essa é uma demonstração de maturidade, nem todos a alcançaram. Há obreiros totalmente dependentes das circunstâncias, que se distraem com qualquer tribulação. Esses certamente passarão por muitas provas, até que sejam capazes de tirar as lições dadas por Deus através do Apóstolo. A escola de Deus é o inverso da humana, primeiro passamos pela prova, depois extraímos a lição. Somente aqueles que passam por esse aprendizado podem dizer como Paulo: “tudo posso em Cristo que me fortalece” (Fp. 4.13). Quando o cristão chega a esse nível de maturidade, então é capaz de depender de Deus, e colocar nEle sua confiança. Tal como o salmista, poderá afirmar: o Senhor é o meu pastor e de nada tenho falta (Sl. 23.1). Essa é a tradução aproximada do texto no hebraico, o Senhor, de fato, é nosso Pastor, mesmo que falte alguma coisa, Ele é nossa suficiência. Para o obreiro que confia em Deus, as ofertas que chegam às suas mãos são sacrifícios, agradáveis a Deus. Primeiramente porque sabe que se trata de uma provisão de Deus, a expressão de renúncia dos irmãos. Além disso, é uma demonstração de generosidade, atitude pouco comum, em virtude da natureza egocêntrica do ser humano. Paulo diz aos crentes filipenses, e por extensão, a nós, que Deus supre as necessidades daqueles que contribuem para a obra do Senhor. De vez em quando alguém quer se apropriar indevidamente de Fp. 4.19, requerendo o suprimento das necessidades, sem predisposição para o sacrifício da oferta. O agricultor investe alguns grãos na terra, a fim de, no futuro, possa colher o seus frutos, assim acontece com aqueles que contribuem para o crescimento do Reino de Deus (II Co. 9.6). Em uma sociedade que endeusou Mamom, curvando diante do Mercado, é um sacrifício ofertar, mas essa é uma demonstração de submissão ao senhorio de Cristo (Mt. 6.24).

2. COMO SACRIFÍCIO AGRADÁVEL A DEUS
Deus ama aqueles que entregam suas ofertas com alegria, não porque são coagidos a fazê-lo, mas com generosidade (II Co. 9. 7). Paulo reconheceu que a atitude dos crentes filipenses era um exercício de sacrifício. Esse é um sentimento que precisa ser cultivado pelos obreiros do Senhor. Nem todos atentam para o fato de que muitos abrem mão do pouco que ganham para investir no Reino. Em uma sociedade de consumo, na qual todo dinheiro é pouco, somente os que são fiéis a Deus podem ser generosos. Os obreiros, ao invés de coagir os crentes à doação, devem orientá-los, ao desprendimento. Ao mesmo tempo, serem compreensíveis, e motivando aqueles que têm dificuldade para tal. Eles precisam ser ensinados que na medida em que doam ao outro, menos colocam o foco em neles mesmos. É o que faz Paulo em Fp. 4.17, inicialmente revela que seu propósito maior não é a dádiva, mas o aumento da conta espiritual dos crentes. O Apóstolo faz uso de uma metáfora contábil, o verbo grego pleonazein, traduzido por “que aumente”, mostra que os crentes têm um banco espiritual no qual precisam investir. Jesus também ensinou Seus discípulos a depositarem não apenas o dinheiro, mas a fé, na eternidade (Mt. 6.19,20). A oferta é um ato espiritual que tem uma dimensão escatológica. Aqueles que o fazem com alegria estão mostrando, não apenas a Deus, mas a eles mesmos, que miram em riquezas eternas. Os líderes da teologia da ganância têm explorado essas passagens bíblicas para explorarem seus adeptos. A teologia da barganha tem campeado nos arraias pseudopentecostais. Os cristãos evangélicos precisam ter cuidado com esses lobos devoradores (II Co. 12.14-18). Por outro lado, não podem deixar de reconhecer que aqueles que ofertam ao Senhor, exercitam a generosidade, se o fizerem com alegria. Dízimos e ofertas devem ser entregues à igreja, mas isso não exime o crente de atentar para os necessitados. Lembremos, pois, da orientação do sábio: “quem se compadece do pobre ao Senhor empresta” (Pv. 19.17), e que “mais bem-aventurado é dar do que receber” (At. 20.35).

3. TUDO PARA A GLÓRIA DO DEUS
A igreja de filipos supriu as necessidades de Paulo, não os desejos, que são coisas totalmente diferentes. Há muitos líderes, e também liderados da igreja, que querem ter todas as suas vontades satisfeitas. Mas Jesus nos ensinou a orar pedindo “o pão nosso de cada dia”, não tudo o que desejamos (Mt. 6.11). Estar atento às necessidades, e diferenciá-las dos desejos, é uma forma de dar glória a Deus. Na verdade, tudo que nos acontece, deve ser motivo de glorificar o Deus de providência. Por isso Paulo conclui sua Epístola com uma doxologia, um louvor ao Senhor que a tudo providencia. Lutero dizia que muitas pessoas chegam diante de Deus somente com os cestos vazios. Tal como os nove leprosos curados por Jesus, não retornam para agradecer (Lc. 19.11-19). Em consideração à generosidade dos filipenses, Paulo impetra sobre eles as bênçãos divinas. Ele invoca a graça do Senhor Jesus Cristo, para que essa esteja com eles (Fp. 4.23). Isso porque o tratamento de Paulo para com os filipenses está baseado na graça, o favor imerecido de Deus. Diferentemente dos líderes religiosos que tentavam se infiltrar naquela igreja, ele tinha amor pelo rebanho de Deus, e não fazia imposições legalistas. Ele saúda “a todos os santos em Cristo Jesus”, esse é o fundamento da comunhão cristã, sem ela imitamos o mundo, em suas hierarquias e relações de negociação. Os santos que estavam com Paulo também enviaram saudações aos filipenses, principalmente os que estavam “na casa de Cesar” (Fp. 4.22). O evangelho de Jesus Cristo estava sendo disseminando até mesmo no seio do império romano. Esse era um espaço inóspito, repleto de traições, opressão e violência. Mas o senhorio de Cristo estava tomando lugar entre os súditos do imperador, vidas estavam sendo transformadas naquele antro de dissolução. O lugar dos cristãos não é escondido em guetos, ou em clausuras, mas no mundo, para nele serem sal e luz (Mt. 5.13-15). Paulo compreendeu que sua prisão em Roma era uma oportunidade, não uma adversidade, para que o evangelho se espalhasse a partir daquele grande centro.

CONCLUSÃO
Como Paulo, devemos, no mundo, agir como súditos do Reino de Cristo, certos de que somos embaixadores de uma pátria celestial. Essa não é uma tarefa fácil, na verdade, é desafiador proclamar uma mensagem que é considerada ultrapassada pela sociedade moderna. Mas devemos, com amor, investir esforços e recursos, para a expansão da mensagem de Cristo até aos confins da terra (At. 1.8). Para tanto é preciso demonstrar generosidade, na contribuição para com aqueles que estão além-fronteiras, trabalhando na seara de Cristo, esses devem ser objeto da nossa consideração, e não poucas vezes, sacrifício, inclusive financeiro.

BIBLIOGRAFIA
LOPES, H. D. Filipenses. São Paulo: Hagnos, 2007.WIERSBE, W. W. Philippians: be joyfull. Colorado: David Cook, 2008.

A RECIPROCIDADE DO AMOR CRISTÃO - Lição 12







Texto Áureo: Fp. 4.13 – Leitura Bíblica: Fp4.10-13

INTRODUÇÃO
Na aula de hoje estudaremos a respeito da reciprocidade enquanto característica do amor cristão. Somente aqueles que amam são capazes de agir pelo outro sem interesse próprio. Essa é justamente uma marca do genuíno amor cristão – agape – que se mostra desinteressado. No início da aula abordaremos o papel do contentamento para a expressão do amor-agape, em seguida, a atuação do amor que a igreja deve ter pelos obreiros, ao final, destacaremos a relevância do amor do obreiro pela igreja.

1. AMOR FUNDAMENTADO NO CONTENTAMENTO
Somente pode amar aqueles que aprenderam a estar contentes, isto é, que não dependem das circunstâncias para ter alegria. Consoante ao que estudamos na aula anterior, aqueles que desfrutam da paz de Deus, pode exercitar o amor-agape. É sempre importante destacar que o amor cristão exige ação. Deus amou o mundo de uma maneira extraordinária e deu Seu Filho para a salvação dos pecadores (Jo. 3.16). De igual modo, aqueles que amam a Deus devem demonstrá-lo, tanto amando a Ele, quanto ao próximo (Mt. 22.34-40). Se Jesus demonstrou o Seu amor para conosco, entregando a Sua vida na cruz do calvário, devemos fazer o mesmo pelos nossos irmãos (I Jo. 3.16). O amor cristão exige desprendimento, ou seja, disposição para abrir mão do que tem em prol dos outros (I Co. 13). Vivemos em uma sociedade extremamente individualista. O capitalismo selvagem está lançando as pessoas cada vez mais para longe uma das outras. O consumismo também faz com que as pessoas queiram sempre mais. Por causa disso, as pessoas não querem abrir mão do que possuem para satisfazer ao necessitado. Essa doença está adentrando até mesmo as igrejas evangélicas. Tais atitudes são totalmente contrárias àquelas dos crentes de Jerusalém do primeiro século, que eram sensíveis às carências uns dos outros (At. 4.34-37). Paulo não sofria dessa enfermidade espiritual, antes de qualquer coisa, aprendeu a estar contente, independentemente das situações (Fp. 4.12). Por isso, tanto sabia ter fartura quanto padecer necessidade, nada o tirava do centro, que é Cristo. Ele é Aquele que o fortalecia, mesmo na prisão em Roma, e passando por momentos de privações (Fp. 4.13). Há líderes evangélicos que citam esse texto indevidamente, sem atentar para o contexto, eles ficam apenas com o “tudo posso naquele que me fortalece”. No contexto, Paulo mostra que tanto podia viver em fartura quanto em necessidade. É bom saber viver a partir da porção acostumada, como disse o sábio judeu (Pv. 30.7-10).

2. AMOR DA IGREJA PELO OBREIRO DO SENHOR
A obra de Deus precisa de reciprocidade, sem essa, todo trabalho será realizado com dificuldade. Essa verdade se aplica principalmente ao contexto missionário, em relação àqueles que estão em outros países. Os crentes devem ser motivados a contribuírem com generosidade para a manutenção do trabalho missionário. Os que entregam suas ofertas, com alegria, partilharão do galardão daqueles que estão além fronteiras (I Sm. 30.24). Havia uma relação de reciprocidade entre a igreja de Filipos e Paulo, esse envolvimento não era apenas financeiro, mas também afetivo. Toda igreja pode contribuir bastante enviando ofertas, mas não pode esquecer-se da responsabilidade relacional. Não é fácil o missionário deixar sua terra, ir para outra cultura, enfrentar a hostilidade dos povos. Os crentes filipenses, além de enviar auxílio financeiros para Paulo (Fp. 4.10,17), também proveram sustento espiritual nas tribulações (Fp. 4.14). Aquele ato de entrega foi uma demonstração nítida de amor cristão, não apenas um encargo eclesiástico. A igreja de Filipos tinha um lugar especial no coração do Apóstolo. Era uma igreja compromissada com o ministério de Paulo, fiel e assumidamente missionária (Fp. 4.15). Os escândalos do movimento gospel não podem ser motivo para deixarmos de contribuir com as obras reconhecidamente evangélicas. Os obreiros que se dedicam com denodo à obra do Senhor devem ser recompensados, pois digno é o obreiro do seu salário (I Tm. 5.17,18). O obreiro, por sua vez, deve ser grato pela manifestação de amor da igreja. Não apenas o agradecimento é necessário, também a transparência em relação ao uso dos recursos financeiros enviados. Paulo sempre foi cuidadoso a esse respeito, tinha uma preocupação ética em relação à arrecadação e a condução das ofertas para as igrejas (II Co. 8.19-21). A diminuição na contribuição em várias igrejas, além do apego exagerado as coisas materiais, tem a ver com a falta de zelo dos obreiros no uso dos recursos arrecadados.

3. AMOR DO OBREIRO DO SENHOR PELA IGREJA
O obreiro do Senhor deve demonstrar gratidão à igreja pela entrega dos recursos financeiros, bem como pelo cuidado espiritual (Fp. 4.10). Ao mesmo tempo, deve ter equilíbrio espiritual para não fiar sua segurança em bens materiais. Paulo advertiu ao jovem pastor Timóteo para que esse tivesse cuidado com o amor as riquezas (I Tm. 6.10). Muitos obreiros estão decaindo no ministério por causa do seu apego ao dinheiro. A motivação principal para o ministério pastoral nunca deve ser o acúmulo de bens. Essa é uma deturpação do movimento evangélico desses últimos tempos. Evidentemente isso não quer dizer que a igreja deve ser irresponsável em relação aos cuidados básicos dos seus obreiros. Muito pelo contrário, aqueles que se dedicam à Palavra de Deus, que são exímios ministradores, que presidem bem, devem ser recompensados (I Tm. 5.17). Mas, esses, por sua vez, não podem depositar sua fé no dinheiro, sua principal preocupação deve ser a aprovação do seu trabalho pelo Senhor (I Tm. 2.15). Como Paulo, o obreiro do Senhor deve mostrar a igreja que sabe está contente, independentemente da situação (Fp. 4.11). Evidentemente o Apóstolo precisou aprender, por isso afirmou: “em todas as coisas, estou instruído”. Os crentes que colocam a sua segurança em bens materiais ainda não aprenderam a confiar totalmente em Deus. Isso é resultado de maturidade cristã, e às vezes, de experiências frustrantes. O crescimento toma tempo, e em determinadas situações, é intensamente doloroso. Nem todos podem afirmar com Paulo “posso todas as coisas naquele que me fortalece”. Um obreiro para chegar a essa condição precisa ter aprendido a amar a igreja que pastoreia acima de qualquer coisa. Cada vez mais temos menos obreiros aprovados nesse sentido, o materialismo está extinguindo os obreiros realmente compromissados com a Palavra. O amor ao dinheiro, que é a raiz de todos os males, está arrefecendo o cuidado dos obreiros pela igreja do Senhor.

CONCLUSÃO
Que Deus desperte crentes amorosos, compromissados com a Palavra, dispostos a mostrarem reciprocidade em amor. Que as mazelas do materialismo, transformado em avareza, não solape a fé dos cristãos (Hb. 13.5,6). Que não venhamos a ser consumidos pela preocupação com os bens materiais (Mt. 6.25-35). Que o amor ao dinheiro nunca venha a nos distanciar das pessoas. Que nossa relação ministerial nunca esteja baseada em valores, mas na disposição de se sacrificar pela igreja do Senhor.

BIBLIOGRAFIA
BOICE, J. M. Philippians. Michigan: BakerBooks, 2000.
WIERSBE, W. W. Philippians: be joyfull. Colorado: David Cook, 2008.

O Messias

                            




A vinda de Jesus Cristo neste mundo para resgatar a humanidade da perdição eterna, não foi um plano de última hora de Jeová. Em Gênesis 3.15, vemos o primeiro plano implícito de Jeová Deus para a redenção humana, «a semente da mulher». Jeová prometeu que o redentor nasceria de uma mulher, compare Isaías 7.14. Exatamente aqui, no ponto inicial da história bíblica (Gn 3.15), temos este vislumbre de Jesus Cristo; e, ao passar das páginas, as alusões, os vislumbres, os símbolos, os tipos e as declarações francas tornam-se mais evidentes e mais abundantes, de modo que, chegando ao fim do Antigo Testamento, temos traçado um perfeito retrato de Cristo.

Eis abaixo algumas das predições acerca do Messias e seu cumprimento:


Teor da Profecia Trecho Bíblico Cumprimento

Seria o «descendente da mulher» ...................... Gn 3.15 ...............................Lc 2.7; Gl 4.4 e Ap 12.5 

Seria o «descendente de Abraão» .................. Gn 12.3; 18.18 ....................Mt 1.1; Lc 3.4 e Atos 3.25 

Seria o «descendente de Isaque» ............................ Gn 17.19..................................Mt 1.2; Lc 3.34

Seria o «descendente de Jacó» ................................ Gn 28.14 e Nm 25.17 ..............Mt 1.2,3; Lc 3.33 .

Descenderia de Judá ............................................... Gn 49.10 .................................Mt 1.2,3; Lc 3.33.

Cristo seria da família de David ................ 2Sm 7.12-16; Sl 89.3-4; Is 11.1 ....Lucas 1.69,70; Jo 7.42).

Nasceria de uma virgem ........................................ Isaías 7.14 ................................Mateus 1.20-23.

Nasceria em Belém de Judá .............................. Miquéias 5.2 ...........................Mateus 5.6; João 7.42.

Tempo de seu nascimento ..................................... Dn 9.25 ....................................Lc 2.1,2; 3-7

Peregrinaria no Egito ............................................ Oséias 11.1 ...............................Mateus 2.15.

Viveria na Galiléia .................................................. Isaías 9.1,2 ..............................Mateus 4.12-16.

Sua vinda,

anunciada por um mensageiro semelhante a Elias ... Isaías 40.3-5; Ml 3.1; 4.5 .......Mt 3.3; 11.10-14; Mc 1.2,3

daria ocasião a um massacre de meninos em Belém..... Gên. 48.7; Jer 31.15 .............Mateus 2.16-18.

Seu ministério na Galiléia ............................................Isaías 9.1,2 ..........................Mateus 4.12,16

Seria profeta ..............................................................Dt 18.15 ..............................Jo 6.14; At 3.19-26

Seria Sacerdote da ordem de Melquisedeque ...............Salmo 110.4 ................Hb 5.6; 6.20 e 7.15-17 

Proclamaria um Jubileu ao mundo ..............................Isaías 61.1,2 ........................Lucas 4.18,19.

Seria enviado aos gentios ...........................................Isaías 42.1-4 ........................Mateus 12.17-21.

Seria desacreditado, odiado e rejeitado pelos governantes .. Sl 69.4; 118.22; Is 6.10.....Mt 15.8,9; 21.42 etc. ..

Entraria triunfantemente em Jerusalém.....................Sl 118.26; Zc 9.9 ..................Mt 21.5; Jo 12.13-15.

Seria traído por um amigo e por 30 moedas de prata .... Sl 41.9; Zc 11.12,13 ............ Mt 27.9,10.

Tal dinheiro seria devolvido ......................................... Zc 11.13 ...............................Mt 27.3-10

Judas seria substituído ................................................. Sl 109.7,8.............................At 1.16-20

Testemunhas falsas o acusariam ...................................Sl 27.12; 35.11......................Mt 26.60,61

Calar-se-ia ao ser acusado .................................. Sl 38.13,14; Is 53.7..............Mt 26.62,63; 27.12-14

Seria ferido e cuspido .........................Is 50.6 .................................Mt 14.65; 15.17; Jo 18.22; 19.1-3

Seria odiado sem causa .............................................. Sl 69.4; 109.3-5 ..................Jo 15.23-25

Sofreria vicariamente .............................Is 53.4,12 ............................Mt 8.16,17; Rm 4.25; 1Co 15.3.

Morreria com malfeitores ............................................Isaías 53.12 ........................Lucas 22.37.

Teria mãos e pés traspassados ...................................Sl 22.16; Zc 12.10 ............... Jo 19.37; 20.25-27

Seria zombado e insultado ..............................Sl 22.6-8 ............................Mt 27.39-44; Mc 15.29-32

Dar-lhe-iam a beber vinagre e fel .......................Salmo 69.21 ......................Mateus 27.34; João 19.29.

Lançariam sortes sobre as suas vestes .........................Salmo 22.18 ..........................João 19.24.

Oraria pelos seus inimigos ...........................................Sl 109.4; Is 53.12 ..................Lc 23.34

Até suas palavras ao morrer foram preditas.............Sl 22.1; 31.5 ...............Mateus 27.46; Lucas 23.46 

Nem um osso lhe seria quebrado .................................Êxodo 12.46; Sl 34.20 ...........João 19.36.

Seu lado seria traspassado ........................................Sl 22.16; Zc 12.10 ..................Jo 19.37; Ap 1.7.

Seria sepultado com o rico ........................................Isaías 53.9 ............................ Mt 27.57-60

Ressuscitaria dentre os mortos ...........................Sl 16.10 e Mt 16.21 ................ Mt 28.9; Lc 24.36-48 

Ascenderia aos lugares celestiais .............................Sl 68.18 ................................. Lc 20.50,51; At 1.9


O próprio Jesus disse que a sua morte cumpriria as Escrituras.......................................Mateus 26.54,56.

Cerco à Cidade de Zamboanga prejudica os habitantes

17 set 2013FILIPINAS

Na sexta-feira (13/09), uma equipe da Portas Abertas resgatou uma mulher e seus seis filhos andando pelas ruas da Cidade de Zamboanga



Na madrugada de 9 de setembro, rebeldes da Frente de Libertação Nacional Moro (MNLF) abriram fogo na Cidade de Zamboanga, ferindo muitos habitantes, fazendo 250 civis de reféns, incluindo um pastor e a congregação de uma igreja local. Leia o relato completo em "Rebeldes atacam Cidade de Zamboanga, 250 são feito reféns". 

Quatro dias depois, uma equipe da Portas Abertas esteve no local para auxiliar as famílias prejudicadas. Durante esse processo, encontraram uma mãe precisando de ajuda: "Nós nos deparamos com ela enquanto distribuíamos alimentos para os cristãos locais", disse o colaborador da Portas Abertas responsável pelas operações de socorro em Filipinas. "O marido dela foi confundido com um rebelde da MNLF. Todos os seus filhos estavam morrendo de fome e sua filha mais nova, de 2 meses de idade, já estava desidratada. Ela foi imediatamente atendida. Ore pela recuperação da criança."

As cidades de Rio Hondo, Sta. Catalina, Sta. Barbara, e Talon-Talon foram devastadas pelo cerco contínuo à Zamboanga. "Fomos informados de que quatro igrejas domésticas em Talon-Talon foram reduzidas a cinzas. Ainda temos de confirmar isso", disse o colaborador da Portas Abertas. Ele acrescentou: "A casa de um parceiro nosso foi atingida ontem por um morteiro". A igreja foi poupada da explosão. No entanto, seis famílias pertencentes à mesma igreja perderam seus lares.

"A partir de hoje, estamos ajudando mais de 300 cristãos em três centros de refúgio. Alguns já têm demonstrado sinais de trauma, especialmente aqueles que perderam as suas propriedades. Ore por eles e por nós [colaboradores da Portas Abertas] também, que a sabedoria e a força de Deus esteja sobre todos nós neste momento de crise".

A ALEGRIA DO SALVO EM CRISTO - Lição 10

Texto Áureo: Fp. 4.4 – Leitura Bíblica: Fp. 4.1-7

INTRODUÇÃO
Na aula de hoje daremos continuação às recomendações práticas do Apóstolo aos crentes de Filipos. A princípio, Paulo, o exemplo a ser imitado, motiva os crentes filipenses a se firmarem na fé. Em seguida, mostra-lhes a importância da alegria divina, que não depende das circunstâncias, mas é produzida pelo Espírito. Posteriormente, apresenta um antídoto contra a ansiedade, cujo fundamento é a paz de Deus, que excede todo entendimento.


1. EXORTAÇÃO À FIRMEZA NA FÉ

Paulo identifica os irmãos da igreja de Filipos como sua “alegria e coroa” (Fp. 4.1). Em grego há duas palavras para coroa: diadema, que diz respeito a uma coroa real, e stefanos, à coroa usada pelos vencedores de atletismo. O termo usado pelo Apóstolo é stefanos, aludindo, assim, à conquista em uma competição olímpica. Ele sabia que, ao chegar ao céu, receberia um prêmio pelo seu labor pastoral. Os falsos mestres, ao contrário, buscavam prêmios terrenais, a vanglória humana. Mas Paulo busca uma premiação celestial, o reconhecimento do Senhor pelo seu trabalho. Em seguida, admoesta os crentes a permanecerem “firmes no Senhor”. O verbo grego aqui usado é stekete, e está no imperativo, uma espécie de ordenança dada a um soldado. Nesse caso o lutador deveria permanecer em sua posição, sem deixar seu lugar estratégico. Muitos crentes querem abandonar sua posição por qualquer motivo. Somos instados, pelo mesmo Apóstolo, a sermos firmes e constantes, abundantes na obra. E mais importante ainda, saber que, no Senhor, não nos homens, nossa obra não é vã (I Co. 15.58). Adiante Paulo destaca um problema de relacionamento na igreja de Filipos, que envolvia Evódia e Síntique. Essas irmãs não deveriam ser descartadas, mas ajudadas a amadurecerem na fé. Ao invés de buscarem o crescimento da obra, estavam digladiando-se entre si. Essas mulheres tornaram-se exemplos negativos de partidarismos nas igrejas, que impedem a maturidade espiritual (I Co. 3.4,5). Muitas igrejas evangélicas estão adoecidas por causa das disputas por cargos nos departamentos. O corpo de Cristo não pode ser fragmentado por causa de vaidades pessoais, dos interesses particulares. Uma igreja que vive em unidade é caracterizada pelo sentimento comum entre os membros. Isso não quer dizer que todos devem ser iguais, uma das belezas da igreja está justamente na diferença. Existem pessoas de diferentes condições socioeconômicas na igreja, todas salvas pelo sangue do mesmo Cordeiro (Gl. 3.26-28). A diversidade pode existir, mas apenas nos aspectos periféricos, no principal, unidade deve prevalecer. A produção do fruto do Espírito (Gl. 5.22), em amor (I Co. 13), é o elo que consolida a igreja no Senhor.


2. ADMOESTAÇÃO À ALEGRIA DIVINA

O Apóstolo retoma o tema da alegria, certamente porque os crentes filipenses estavam entristecidos. Os judaizantes colocavam um fardo tão pesado sobre os ombros das pessoas que essas não conseguiam ser alegres (At. 15.28,29). Os gnósticos apregoavam uma liberdade que era pura libertinagem, tornando as pessoas escravas dos prazeres. Contra esses caprichos humanos, a resposta de Paulo é a alegria que vem de Deus (Fp. 4.4). A chara, alegria do Espírito, não é circunstancial. Ela é resultante da salvação em Cristo Jesus, que lança o ser humano na liberdade para servir em amor. Jesus atrai para Ele todos os que estão cansados e sobrecarregados, e coloca sobre eles o seu jugo, que é suave, e o seu fardo, que é leve (Mt. 11.30). Muitos atualmente querem felicidade, mas não buscam a verdadeira alegria. Os livros de autoajuda prometem uma felicidade de bens perecíveis. Mas a alegria que vem de Deus não resulta daquele que anda em derredor (I Pe. 5.8), mas nAquele que está dentro de nós (I Jo. 4.4). Em prosseguimento, Paulo orienta os filipenses quanto à moderação, epieikeia em grego. Esse é um termo bastante amplo, que diz respeito não apenas ao que é legal, mas ao que é certo. As leis são produções humanas, nem sempre estão corretas. Os cristãos vivem a partir de uma Lei maior, a de Cristo, exercitada em graça e amor (Rm. 13.10). O mundo se pauta pelas leis humanas, que merecem respeito, e na maioria dos casos, obediência. Mas existe uma lei que está acima de todas as leis, é a Lei de Deus, revelada em Sua palavra. É a partir dessa que o crente deve viver, e mais importante, que essa sirva de testemunho da nossa fé em Cristo. Todos os homens devem reconhecer, pelas nossas práticas, que somos filhos de Deus (Tg. 2.14; I Jo. 3.7,8). Uma das motivações para o exercício da moderação é que o Senhor está perto. A dimensão escatológica é condição ética para o viver cristão, pois virá o dia em que todos prestaremos contas pelo que fizemos no corpo (Rm. 14.10). Muitos acham que o Senhor está demorando para voltar, por isso estão vivendo dissolutamente, mas Ele é longânimo (II Pe. 3.8,9). Ao Seu tempo Ele voltará para levar a Sua igreja, conforme prometeu (Jo. 14.1; I Pe. 2.9). Essa é a bendita esperança da igreja cristã (Rm. 8.23; I Co. 15.51,52; I Ts. 4.16,17; Tt. 2.13), não a ganância terrena, como muitos tem apregoado atualmente Todos aqueles que têm essa esperança não vivem como bem entendem, mas de acordo com a vontade de Deus (I Jo. 3.3), perfeita, boa e agradável (Rm. 12.1,2).


3. A PAZ DE DEUS PARA VENCER A ANSIEDADE

A ansiedade é um problema crônico na sociedade contemporânea, por falta de alegria espiritual, não poucos estão angustiados. Essa ansiedade, merimnau em grego, pode resultar dos problemas de olharmos para as circunstâncias. A preocupação com as coisas materiais podem nos distanciar do foco, que é o céu. O mundo moderno, ao esquecer-se de Deus, perdeu a tranquilidade. O reino de Mammon é cruel, e desgraçado, não permite que as pessoas tenham paz. Por causa disso as muitas pessoas são destroçadas, sendo puxadas, como expressa a etimologia da palavra ansiedade em grego, em direções opostas. Jesus advertiu a respeito dos perigos de viver em ansiedade constante (Mt. 5.19-34). O problema da ansiedade é que ela faz com que deixemos de confiar em Deus, e percamos a paz. O antídoto contra a ansiedade é a oração, este é o melhor remédio. Ao invés de andarmos ansiosos, devemos levar nossas preocupações para Deus (Fp. 4.6). Existem três palavras gregas que fazem referência à oração nessa passagem: oração (proseuche, usado para as petições gerais ao Senhor), súplica (deesis, a petição em relação às necessidades) e ação de graça (euxaristia, disposição para agradecer pelos feitos do Senhor). Infelizmente tudo hoje em dia contribui para que deixemos de orar, até mesmo o excesso de atividades eclesiásticas. Essa geração esqueceu-se de orar porque se tornou dependente do pragmatismo. As pessoas querem resultados rápidos, negam-se a esperar com paciência pelo Senhor, tal como fez o salmista (Sl. 40.1). Como resultado, não conseguem desfrutar da paz de Deus, que excede “todo o entendimento” (Fp. 4.7). Somente a paz de Deus é capaz de guardar a nossa mente, nossos corações e sentimentos em Cristo. As adversidades, principalmente as perseguições, não conseguem abater o coração cuja mente está em Cristo. É essa paz, eirene em grego, que nos guarda dos ataques circunstanciais. Nossas mentes precisam estar protegidas dos pensamentos mundanos. Para isso devemos levar cativo todo entendimento à obediência de Cristo (II Co. 10.5).


CONCLUSÃO
Os ensinamentos deste mundo, repassados pelos falsos mestres, levam as pessoas ao desespero. Muitos não conseguem desfrutar da alegria que vem de Jesus, produzida pelo Espírito Santo (Jo. 15.11). Os crentes em Jesus permanecem firmes na fé, naquilo que nos foi revelado pela Palavra, por isso estão sempre alegres, independentemente das circunstâncias. Esses, por sua vez, têm suas mentes guardadas por Cristo, que lhes dá a paz que o mundo desconhece (Jo. 14.27), e que excede a todo entendimento.


BIBLIOGRAFIA
HENDRIKSEN, W. Efésios e Filipenses. São Paulo: Cultura Cristã, 2005.
WIERSBE, W. W. Philippians: be joyfull. Colorado: David Cook, 2008.